Liga NOS – Sporting, 5 – Vitória de Setúbal, 0
Sem apelo nem agravo, o Sporting derrotou o Vitória de Setúbal por um expressivo 5-0, que assenta bem, mas que surgiu perante uma mais ou menos descaracterizada equipa que aguentou pouco mais que meia hora de jogo, quando os leões chegaram a um já tranquilizante 2-0 aos 36’.
O que também foi ponto assente nos primeiros dez minutos, quando os leões almejaram três ou quatro oportunidades que não aproveitaram, confirmando minuto a minuto que abrir o activo era uma questão que, de certo modo, não demoraria, dado que, entre o primeiro e o décimo minuto, o Sporting teve oportunidade para marcar dois ou três golos.
Nessa altura, o Vitória não perdia oportunidade para subir até à baliza de à guarda de Patrício, como aconteceu (10’) quando Arnold surgiu isolado, sob a esquerda do ataque da sua equipa, tira Schelotto do caminho e dispara forte mas por cima da barra.
O Sporting continua a mandar e Teo faz um passe quase mortal para Slimani ajeitar e rematar em arco, obrigando Ricardo a um golpe de rins excelente para evitar o golo, o que voltou a acontecer no minuto seguinte quando, na marcação de um canto, Bruno César marca para Rubem Semedo cabecear para o canto mais longe, onde surgiu Ruca a salvar em cima da linha de baliza, numa altura em que, na sequência da jogada, cai na área e os jogadores leoninos “pediram” grande penalidade que o árbitro não acedeu, estando perto da jogada.
Pouco depois (25’) os leões abriram o activo com um golo marcado por Gelson que, lançado por Bryan Ruiz, surgiu só (ficaram algumas dúvidas se estava fora de jogo ou não) frente a Ricardo e fez o que tinha de fazer com maestria.
O Sporting aproveitou o “toque” desde golo e manteve a pressão junto da baliza de Ricardo, aproveitando também algum “desnorte” e alguma falta de força física por parte dos vitorianos para chegar ao 2-0, dez minutos depois do primeiro.
Com nova falha do defesa esquerdo (Ruca), Teo fez o 2-0 (36’), surgindo isolado pelo lado direito, a passe de William Carvalho, que não teve ninguém a importuná-lo e introduziu a bola na rede do já desolado Ricardo, que nunca perdera frente ao Sporting.
Ricardo que evitou o 3-0 a chegar ao intervalo, depois de fazer uma excelente defesa.
No tempo complementar, o Sporting voltou a entrar de rompante e Teo (51’) e Adrien (52’) tiveram o golo nos pés mas não conseguiram marcar, cabendo a Gelson (54’) bisar a passe de Adrien, uma vez mais a aparecer isolado frente a Ricardo porque o defesa esquerdo setubalense não recuou.
A partir daqui, a equipa visitante “desmoronou-se” por completo, se bem que ainda tentou chegar ao golo de honra, que foi sempre impossível face ao estado de cansaço da equipa e ao facto de o Sporting não dar espaço para o efeito.
Aos 69’ Adrien, num livre directo, obrigou Ricardo a uma excelente defesa e, no minuto seguinte, os leões chegaram ao 4-0, com o primeiro golo de Bryan Ruiz na marcação de um livre e a fazer a bola rolar na parte interior da trave e a bola entrar na baliza de um guarda-redes extenuado.
A toada manteve-se, o Setúbal passou a ter apenas dez unidades pela expulsão (por segundo amarelo) de Vasco Costa e tudo ruiu, o que foi aproveitado pelos leões para, em cima do minuto noventa, atingir o 5-0, com novo golo de Bryan Ruiz, ao marcar um livre directo, a barreira “escangalhar-se” toda abrindo a brecha para que a bola passasse livremente.
Com mais três minutos jogados, nada de evidente aconteceu e o Sporting manteve a chama acesa na luta pela conquista do título.
Nos leões, relevo para Adrien (o melhor), Bryan Ruiz, Gelson, Bruno César, mais evidentes, estando depois Schelotto, Coates, João Mário, Teo, Adrien, Ruben Semedo, Teo e Schelotto.
No Vitória, realce o melhor, Ricardo, Arnold, Frederico Venâncio, Gorupec, Dani, Ruca.
O lisboeta Tiago Martins errou algumas vezes na marcação das faltas e abusou dos amarelos – que levaram o Vitória – a ficar apenas com dez elementos nos últimos vinte minutos – esteve à altura do jogo, bem acompanhado pelos assistentes André Campos e Pedro Mota.
As equipas alinharam:
Sporting – Rui Patrício; Schelotto, Coates, Rúben Semedo e Bruno César (Carlos Mané, 80’); Gelson (Barcos, 71’), William, Adrien e Bryan Ruiz; Slimani (Zeegelaar, 65’) e Teo.
Vitória Setúbal – Ricardo; William Alves, Frederico Venâncio, Tiago Valente e Ruca; Gorupec, Dani (Miguel Lourenço, 57’) e Paulo Tavares (André Horta, 57’); Arnold (André Claro, 71’), Vasco Costa e Makuszewski.
Disciplina: amarelo para Adrien (14’) – não joga frente ao Braga, na última jornada – Vasco Costa (15’ e 70’), amarelo e saindo com vermelho; Dani (33’), Bruno César (76’) e Ruben Semedo (82’).