LIGA NOS – Benfica, 1 – Vitória Guimarães, 0
Mais um triunfo “arrancado a ferros” – tal como se verificou contra o outro Vitória (Setúbal) quinze dias atrás – com um golo obtido no primeiro minuto do segundo tempo, numa altura em que os “ventos” mudaram e o Benfica justificou o triunfo não sem que os vimaranenses tivessem provocado alguns calafrios ao último reduto dos benfiquistas.
A nota artística, em especial por parte do Benfica, deixou a desejar no decorrer dos primeiros 45 minutos, dado que houvesse de erros de mais que permitiram aos comandados de Sérgio Conceição “bloquear” todos os caminhos para a sua baliza.
Por outro lado, os estrategas ou “municiadores” do ataque – Pizzi, Renato Sanches e Gaitán – não atinavam com os passes, se bem que existiu ainda outro problema, que foi o do Vitória ser capaz de fechar qualquer linha de ataque, que “travou”, normalmente, qualquer veleidade aos homens de Rui Vitória, pouco à frente da linha de meio campo.
A primeira situação de relativo perigo verificou-se aos 12’, quando o Guimarães se aproximou da grande área benfiquista e nela surgiram dois jogadores do Vitória, que não souberam aproveitar a oportunidade, respondendo o Benfica com um remate de Jonas forte mas muito longe do alvo.
Pizzi (18’) fez um “chapéu” a um defesa e a bola chegou a André Almeida, desmarcado na área, remata do ao lado da baliza à guarda de M. Silva (20’’) enquanto Mitroglou, perto da pequena área, fez um remate à meia volta mas contra um defesa.
Aos 23’ o Guimarães conquistou o primeiro canto, que não foi “premiado” e Gaitán (26’) lançou mais uma ofensiva mas a cortina defensiva do Vitória era tão impenetrável que nada conseguiu. Um segundo remate de Mitroglou (27’) passou também ao lado da baliza, o mesmo sucedendo cerca dos 30’ com o jogador grego a rematar para o “meio da rua”.
Aos 33, Dourado, em contra-ataque, obrigou Ederson a esticar-se para agarrar a bola, seguindo-se um burburinho com o banco do Vitória, que levou Bruno Paixão, o chefe de equipa de arbitragem do Porto, que está ainda em jogo a dar ordem de saúde
Paixão não viu uma falta (jogo perigoso) cometida por Eliseu, Mitroglou rematou forte mas ao lado e jogaram-se mais cinco minutos.
O nulo justificava-se pena inércia dos ataques, bem suplantados pelas linhas médias e defensivas de cada equipa.
No empo completar, percebeu-se logo que havia espaço para ainda jogar futebol ao mais alto nível, com o Benfica e o Vitória a serem mais afoitos e com mais “apetite” pela baliza contrária, sendo um dos pontos altos a actuação de André Almeida (66’) que teve de impor-se de forma brilhante para evitar o golo do empate, defendendo os dois remates quase em cima da linha de baliza.
A movimentação foi maior, o ritmo de jogo aumento mas os golos é que não surgiram, nem para um nem para outro lado.
Aos 74’, Gaitan esteve à beira de marcar o segundo golo, com um remate em arco para a baliza, com a bola a fazer trajectória sobre a barreira mas muito alta, que passou a rasar o poste.
No minuto seguinte, foi Ederson que se teve de aplicar aos pés de Hurtado.
A entrada de Raul no Benfica dá nova energia ao ataque vermelho, tendo (82’) feito um centro largo que levou a bola a atravessar quase todo o travessão da barra e, dois minutos depois, a atirar um potente remate à trave.
Aos 86’ foi a vez de Jardel salvar o empate, fazendo frente a Xandre Silva.
Mais três minutos complementares foram jogados sem registos de maior.
Mais um triunfo, mais um passo grande a caminho do tri. O que pode demorar ainda a decidir.
Para ajudar à festa, mais uma enchente no Estádio da Luz: 60.351 espectadores, num total superior a um milhão na presente época desportiva.
No Benfica, realçar para Fejsa, Ederson, Lindelof, Gaitan, Mitroglou, Pizzi, Jonas e Jardel – o homem do golo vitorioso, enquanto os melhores do Guimarães foram Miguel Silva, Josué, Licá, Hurtado, Cafu, Otavio, Dourado e Dalbert.
Bruno Paixão (Setúbal) não teve e não provocou problemas de nenhuma ordem, passando incólume, quiçá com amarelos a mais, bem ajudado pelos assistentes António Godinho e Nuno Roque.
Constituição das equipas:
Benfica – Ederson; André Almeida (Samaris, 85), Lindelof, Jardel e Eliseu; Pizzi (Salvio, 66’), Fejsa, Renato Sanches e Gaitan Jonas e Mitroglou (Raul Jimenez, 67’).
Vitória Guimarães – Miguel Silva; Josué, João Afonso e Pedro Henrique; Licá (Vigário, 86’), Cafu (Xandre Silva, 80’), Phete, Otávio e Dalbert; Hurtado e Dourado (Valente, 70’).
Disciplina: amarelo para Pedro Henrique (7’), Hurtado (12’), Otávio (21’), Eliseu (47’), André Almeida (54’ e 90+2’, levando vermelho).