Quinta-feira 24 de Novembro de 1233

Triunfo “despachado” em vinte minutos

SportingUMadeira_H0P0340Foram precisos apenas vinte minutos para que o Sporting “despachasse” o União, num jogo em que se cumpriu o calendário e em que os leões continuam a “atezanar” a cabeça ao líder Benfica, que este domingo não terá tarefa fácil – teoricamente – no jogo que vai disputar com o Rio Ave.Como se previa e porque jogava em casa, o Sporting imprimiu desde o início do jogo uma toada de “pressão” mas podia ter ficado em desvantagem logo no primeiro minuto, quando Amilton, depois de uma jogada de insistência pelo lado esquerdo, rematou mas fraco e afigura de Patrício.

Talvez fosse por isso que, vendo que os madeirenses estavam a fechar as linhas de passe e de progressão, Zeegelaar “forçou” a entrada pelo lado esquerdo, foi até perto da grande área visitante e centrou milimetricamente para a cabeça de Teo (7’), que mais não fez que cabecear de cima para baixo e entre o guarda-redes e o poste, não tendo Gudiño reflexos para parar a bola, no que foi o primeiro remate do Sporting à baliza. Foi buscá-la, depois, ao fundo da rede. Estava feito o 1-0 para os leões.

O União reagiu de imediato e Danilo esteve com o golo os pés mas o remate feito, com força e direcção, obrigou Patrício a uma grande defesa, passando o perigo.

No período seguinte, a bola rolou para um e para outro lado, sem que houvesse qualquer jogada de perigo eminente, o que só surgiu (20’) quando, quase como o primeiro golo leonino, surgiu o 2-0, com um golo estilo “papel químico” do primeiro.

Zeegelaar fez nova arrancada pela direita, progrediu passo a passo e sem ter a “pressão de ninguém” chegou perto da grande área unionista e fez um passe com todas as medidas exactas, adivinhando o sentido direccional do movimento de João Mário, com o médio leonino a dar um pequeno toque, a meia altura, para anichar a bola na baliza ante a impotência de Gudiño.

A defesa do União teve várias falhas – de marcação e de recuperação – o que permitiu que o Sporting concluísse estes dois golos com alguma facilidade.

Este foi, praticamente, o espelho do desafio ou o que “não” se passou de futebol.

Embora pressionante, o Sporting não conseguiu criar muito perigo, umas vezes por falhas atacantes, outras pela acção dos madeirenses em termos defensivos, porque o jogo parecia ganho.

A poucos minutos do final da primeira parte (41’), o União ensaiou um ataque que originou a marcação de um livre contra o Sporting, superiormente marcado por Breitner que obrigou Patrício a “esticar-se” até ao ângulo superior direito da sua baliza para afastar a bola para canto. Um “arrepio” que passou pelos lados do Alvalade XXI

No minuto final (sem acrescento de tempo extra), Coates foi da defesa até à linha final contrária, de onde saiu um passe tenso, a meia altura, de ponta a ponta da baliza de Gudiño, com Teo a chegar algo atraso e a perder a oportunidade de elevar o marcador.

No tempo complementar o ritmo de jogo baixou nitidamente, as oportunidades de golo escassas, sinal de que o cansaço se estava a instalar nos dois lados, até porque a relva – molhada – não permitia grandes veleidades aos jogadores.

Ainda assim, Bryan Ruiz (60’), num pontapé de bicicleta, rematou à figura de Gudiño; Edder Farias (71’) tentou aproveitar uma desatenção da defesa sportinguista mas rematou à figura de Patrício; Schelotto fez uma arrancada (72’) até à linha de cabeceira e centrou para trás, como mandam as regras, para Slimani chutar para as nuvens e ainda uma fífia (75’) de Patrício, que deixou a bola à solta na sua pequena área e que ninguém aproveitou.

O sinal mais, onde mais um golo podia ter surgido, foi dado por Adrien que “bombardeou” o poste com um potente remate, perdendo-se a jogada de seguida.

Com mais um registo de alto valor quantitativo, 44.719 foram os espectadores controlados pelos “torniquetes”.

Com mais três minutos jogados, nada de evidente aconteceu e o Sporting manteve a chama acesa na luta pela conquista do título.

Nos leões, relevo para Rui Patrício (duas defesas de gabarito), Zeegelaar (duas assistências que deram a vitória e os três pontos), os mais evidentes, estando depois Schelotto, Coates, João Mário, Teo, Adrien e Rubem Semedo.

No União, destaque para Amilton – o mais destacado – Gudiño, Soares, Tiago Ferreira, Danilo Dias e Diego Galo.

O nortenho Rui Costa esteve à altura do jogo, resolvendo e não criando problemas, bem acompanhado pelos assistentes Álvaro Mesquita e Tiago Costa.

As equipas alinharam:

Sporting – Rui Patrício; Schelotto, Coates, Rúben Semedo e Zeegelaar; João Mário (Bryan Ruiz, 57’), William, Adrien e Buno César (Gelson, 69’); Slimani (Barcos, 79’) e Teo.

União – Gudiño; Carlos Manuel, Kuzunga, Diego Galo e Joãozinho; Soares, Breitner (Marco Valério, 71’) e Tiago Ferreira (Rúben Andrade, 79’); Amilton (Miguel Cardoso, 68’), Danilo Dias e Edder Farias.

Disciplina: amarelo para Kusunga (20’) e Amilton (65’)

Artur Madeira

 

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