Num jogo sem muitos momentos de um futebol escorreito, simples e fulgurante, o Sporting ganhou quando e como quis, aproveitando alguns erros da defesa madeirense e, depois, face ao cansaço que demonstraram no segundo tempo.Marcado pela pouca objectividade, falta de criatividade no meio campo e de eficácia na linha da frente durante quase toda a primeira parte, os leões dir-se-á que não arriscaram muito, fomentando o controlo do jogo para ver o que as modas dariam.
Com maior posse de bola, a formação leonina não conseguia encontrar um caminho para chegar à baliza de Salin, não só pelo 4x4x2 do Marítimo mas também porque não houve “tino” em muitas jogadas.
Só aos 15’ o Sporting criou algum perigo, com Bryan Ruiz a cabecear a rasar o poste, dando seguimento a um passe que surgiu da esquerda do ataque leonino, com Bruno César (28’) a rematar ao lado.
Ainda assim foi o Sporting que esteve mais perto do golo quando (25’), Slimani entrou na área, com a baliza à mercê, mas atrapalhou-se e permitiu o corte de um defesa visitante.
O Marítimo tentou chegar à baliza de Patrício (36’) quando Éber Bessa apareceu desmarcado e rematou para Patrício, atento, defender, com Patrício a defender, superiormente, um remate de João Diogo (40’).
E como quem não marca sofre, o Sporting abriu o activo (42’) com um golo algo “enchouriçado” de Slimani, porquanto a bola chutada pelo número 9 do Sporting, fez ricochete num defesa madeirense e enganou Salin. Pouco depois chegou o intervalo, sem um único minuto a acrescentar, numa altura que o Marítimo atacava. O que não foi natural por parte do árbitro. Deveria completar a jogada.
No segundo tempo, a toada maritimista baixou significativamente, o que aproveitou o Sporting para chegar ao 2-0 (53’), num golo apontado por William Carvalho, com o pé esquerdo, depois de fazer uma recarga a um alívio do Marítimo. Golo que acabou por “matar” o jogo de vez.
Aquilani marcou um livre (60’) directamente para as mãos de Salin e Fransérgio (67’), à meia volta tentou surpreender Patrício mas a bola acabou por sair a rasar o poste.
Pouco depois o Sporting chegou ao 3-0 (75’) com um golo obtido por Slimani, que ganhou um ressalto de bola e rematou em apelo nem agravo para gálio da maioria dos 44.236 espectadores presentes no estádio.
Pareceu-nos que Slimani estava fora de jogo quando do remate.
Com os madeirenses já em ritmo “penoso”, ainda assim acabaram por obter o golo de honra, quando Ghazaryan, isolado frente a Patrício (81’), aproveitou para rematar e fazer o ponto de honra merecido.
Nos leões, relevo para Teo, Slimani, William Carvalho, João Mário, Ruben Semedo e Aquilani.
No Marítimo, destaque para Salin, Edgar Costa, Plessis, Djoussé, Maurício, Alex Soares e Patrick.
O algarvio Nuno Almeida (Algarve) esteve à altura do jogo, com facilidade de relacionamento, embora pudesse ter pecado nos dois cartões amarelos apresentados, que me parece não ter havido para o acto.
Os assistentes Paulo Ramos e Pais António estiveram certos e discretos, pese embora a falha havida quando da amostragem dos dois carões amarelos
As equipas alinharam:
Sporting – Rui Patrício; Schelotto, Coates, Rúben Semedo e Bruno César (Zeegelaar, 57’); João Mário (Matheus Pereira, 76’), William, Aquilani e Bryan Ruiz; Slimani e Teo (Gelson Martins, 86’).
Marítimo – Salin; João Diogo, Dirceu, Maurício e Patrick Vieira; Alex Soares (Baba, 71’), Fransérgio, Plesis e Éber Bessa (Ghazaryan, 59’); Djoussé e Edgar Costa (Gevaro, 77’).
Disciplina: amarelo para Maurício (63’) e Djoussé (89’)