Com a grelha – já definida, salvo qualquer percalço de última hora – das duas dezenas dos jogadores de top, João Zilhão (director do torneio) ainda espera por uma truta do “top five”, estando atento às “movimentações” dos bastidores, podendo acontecer que Federer ou Nadal “caiam” na rede lusa.
Apesar do orçamento não ter muita elasticidade, a tenacidade de Zilhão não desmerece e, por isso, tudo pode acontecer nesta segunda edição do Millenium Estoril Open, porquanto a presença de uma destas estrelas cintilantes do ATP, a confirmar-se, é vista como um investimento em termos de receita de bilheteira, de imagem e atrair possíveis “sponsors” nesta recta final para o início do evento, que se desenrolará de 23 de Abril a 1 de Maio.
Se bem que é a primeira vez que Zilhão e seus pares apresentaram um “top ten” para o evento – como é o caso do francês Jo-Wilfried Tsonga (9º) – a que se acrescenta o número um português (João Sousa – 36º), tufo pode acontecer até ao apito inicial deste evento, de novo nas agora renovadas instalações do Clube de Ténis do Estoril.
Para o melhor português de todos os tempos “é um prazer enorme estar aqui no Estoril Open e vou tentar corresponder ao convite que me foi feito, isto é, chegar o mais longe possível, o que vai obrigar a estar na melhor forma”, porquanto, adiantou, “não existem adversários fáceis ao nível do circuito ATP pelo que, para vencer o torneio, tenho de ganhar a todos os jogadores e jogar a um excelente nível”.
Quando da apresentação do torneio, João Sousa salientou ainda que “não descarto uma final portuguesa” e que “seria a final ideal, no torneio ideal, e óptimo se isso pudesse acontecer”.
Na mesma altura, ficou a saber-se que o segundo português presente, através de um wild-card, será o número dois português, Gastão Elias (121º), que poderá chegar ao Estoril bem perto do lugar 100º do exigente ranking ATP.
E também foi selado o “contrato” de Sousa e Gastão integrarem o torneio de pares.
“Agradeço o convite pela confiança que em mim depositam, não só agora mas também em no ano passado, esperando jogar o meu melhor ténis em Portugal, porque adoro jogar em casa e acho que vai ser um ano interessante”, salientou na altura Gastão Elias, que tem como objectivo chegar aos quartos-de-final, pese embora se recorde que, no ano passado, foi derrotado pelo francês Kenny De Schepper, por 6-2 2-6 6-3, na primeira ronda.
Cumprido o prazo limite para as inscrições, a organização do Millennium Estoril Open anunciou a lista oficial de participantes na segunda edição do único evento português inserido no calendário oficial do ATP WorldTour.
O quadro de singulares, que terá 28 elementos, 19 jogadores terão entrada directa (ao qual se juntarão quatro qualifyers, três wild cards e eventualmente dois special exempts), apresenta uma lista encabeçada pelo top ten francês Jo-Wilfried Tsonga, que ocupa actualmente a nona posição da hierarquia mundial, e inclui mais três nomes que integram a restrita lista de tenistas que já ocuparam um lugar entre os 10 melhores do mundo: o também francês Gilles Simon e os espanhóis Tommy Robredo e Nicolas Almagro.
Destaque ainda para três jogadores que integram a nova geração de tenistas nascidos depois de 1994 e que está a ser promovida pela ATP: o australiano Nick Kyrgios (finalista do Millennium Estoril Open em 2015), o croata Borna Coric (o mais jovem do Top 50) e o britânico Kyle Edmund (bicampeão júnior de pares no US Open de 2012 e Roland Garros de 2013, ao lado de Frederico Silva).
Com este pano de fundo, João Zilhão está satisfeito com o quadro apresentado, tendo referido que “para esta segunda edição estamos a oferecer ao público português e aos telespectadores em todo o mundo um naipe ecléctico de jogadores dotados de estilos de jogo muito diversos e personalidades muito distintas”, que adiantou ainda que “tendo em conta que temos dois outros fortíssimos eventos que decorrem na mesma semana, em Munique e Istambul, estamos contentes por apresentar este naipe de jogadores e orgulhosos de sermos o único a poder contar com um Top 10.”
Zilhão salientou também que “a lista também é reveladora do peso das duas principais escolas europeias, com quatro representantes franceses e seis espanhóis. Mas, independentemente dos intérpretes, será sobretudo o torneio a grande estrela, que tem os condimentos indispensáveis para ser melhor do que a primeira edição”.
Recorde-se que a primeiras foi preparada em tempo recorde, foi muito elogiada e mesmo premiada pelo ATP World Tour.
A lista (ainda não) final é composta pelos seguintes tenistas: Jo-Wilfried Tsonga (França), 9º; Gilles Simon (França), 19º; Benoit Paire (França), 22º; Nick Kyrgios (Austrália), 27º; João Sousa (Portugal), 37º; Guillermo Garcia-Lopez (Espanha), 38º;Tommy Robredo (Espanha), 41º; Gilles Muller (Luxemburgo), 45º; Leonardo Mayer (Argentina), 46º; Coric (Croácia), 47º; Pablo Carreño-Busta (Espanha), 52º, Paolo Lorenzi (Itália), 54º. Iñigo Cervantes (Espanha), 59º, Nicolas Almagro (Espanha), 61º, Paul-Henri Mathieu (França), 62º, Daniel Muñoz de la Nava (Espanha), 69º, Kyle Edmund (Grã-Bretanha), 82º, Taro Daniel (Japão), 86º, Dmitri Tursunov (Rússia), 89º, estando em alternativa Daniel Gimeno-Traver (Espanha), 91º e Damir Dzumhur (Bósnia-Herzegovina), 93º.
Recorda-se ainda que os se encontram à venda, bastando para o efeito consultar o site do Millenium Estoril Open.
O evento conta ainda com o apoio imprescindível da Câmara Municipal de Cascais e a Escola de Turismo e Hotelaria do Estoril, entre outros parceiros e patrocinadores.