Quinta-feira 21 de Novembro de 2024

Benfica triunfou por pormenores bem aproveitados!

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Carlos Palma / Celta Images

Liga NOS – Sporting, 0 – Benfica, 1

Com um único golo (20’) marcado num momento de falhas consecutivas da defesa sportinguista, o Benfica passou a liderar a Liga profissional, num jogo em que os pormenores estiveram a favor do Benfica, quer na obtenção do golo quer, também, porque o Sporting não aproveitou as oportunidades quando surgiram, que também foram poucas, suficientes para, pelo menos, não perder.

O Sporting forçou sempre o andamento mas não acertaram com a táctica, porquanto o Benfica surgiu com, como se esperava, um 4x4x2 para fechar o mais possível o caminho para a baliza do estreante Ederson, sem perder a veia atacante que faz dos encarnados a equipa mais realizadora na competição portuguesa.

Com maior pendor atacante nos primeiros quinze minutos, o Sporting criou algum perigo mas de forma pouco consistente, enquanto a linha média dava sinais de falhas na ligação com a defesa, o que deu oportunidade de o Benfica se colocar na posição de vencedor.

Em mais um contra-ataque, Samaris vai à esquerda centrar largo para a grande área, com a bola a ser devolvida pela defesa sportinguista para os pés de Mitroglou que, sem ninguém a cobri-lo e apenas com Patrício pela frente, escolheu para onde devia chutar e rematou forte para o poste contrário onde se situava o guardião verde e branco, que nem e tempo de se fazer à bola.

Na primeira oportunidade real de golo, o Benfica ganhou vantagem no marcador, o que levou Rui Vitória a refrear os ânimos e a mandar jogar mais a bola mas com menos ritmo, fazendo retenção.

O Primeiro canto só surgiu aos 25’ e para o Benfica, do que nada resultou, bem como os outros cinco que o Sporting conquistou nos minutos seguintes, com o Sporting, apesar dessa vantagem, ter perdido dinâmica de jogo, onde William, uma vez mais, esteve quase sempre “longe”.

O outro momento de impacte só surgiu aos 40’, quando Jefferson, de fora da rua (30 metros) enviou um “petardo” à barra da baliza de Ederson, continuando a bola em jogo, proporcionando a João Mário fazer um cruzamento tenso sobre a baliza de Ederson, onde surgiu Bryan Ruiz a rematar de cabeça para Jardel desviar para canto.

Sobre os 45’, o Sporting beneficiou de um livre perto da linha da grande área, sob o lado esquerdo do ataque sportinguista, com Adrien a marcar muito mal, sem convicção e muito por cima da barra.

No segundo tempo, o Sporting entrou em força para tentar emendar o resultado desfavorável, mas Bryan Ruiz (48’), Jefferson (52’) e Bruno César (54’) não conseguiram os seus intentos.

Cerca dos 60’ ficou a saber-se que estavam 49.699 espectadores em Alvalade (o maior registo desde que o Estádio foi inaugurado) e o Sporting continuava a estar mais perto da baliza de Ederson do que o contrário, até porque o Benfica já tinha começado a “gerir” a vantagem e mudou de plano para manter a sua baliza “limpa”.

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© 2016 JCMYRO / JCSERV

Em termos de assistências no Alvalade XXI, a melhor bilheteira foi sempre com o Porto (três vezes) e duas com o Benfica, desde 2005/2006, quando o Porto proporcionou a presença de 48.018. Em 2011/2012 voltou a ser o Porto a “meter” mais gente (48.855), depois o Benfica (2014/15) com 49.076, seguindo-se, de novo, o Porto, com 49.382 já esta época.

A partir dos 52’ começou a “sinfonia” dos cartões (mostrado um vermelho e seis amarelos) – uns com justificação, outros nem tanto e outros que mereciam ser atribuídos e não foram – o tempo foi correndo e o Sporting não dava sinais que tinha força para mudar o rumo do resultado.

No entanto, em dois rasgos (72’ e 74’), o Sporting podia ter chegado ao empate.

Na primeira situação, Slimani faz um passe milimétrico que foi parar aos pés de Bryan Ruiz e que, na passada, sem ninguém na baliza, rematou por cima da barra.

Na segunda, o mesmo Bryan Ruiz, a passe de Slimani, fez um chapéu a Ederson mas este ainda foi a tempo de desviar para canto. Dois momentos cruciais que o Sporting desperdiçou e que podiam dar, pelo menos, para o empate.

Nos últimos dez minutos (que foram 16) o jogo “aqueceu” do ponto de vista disciplinar mas os golos é que não surgiram e chegou-se ao fim a vantagem benfiquista, que se aceita por ter sabido aproveitar a única oportunidade de golo que registou.

João Pereira não comemorou o aniversário com uma vitória; o Sporting baixou ao segundo lugar a dois pontos do Benfica, Adrien fica sem jogar para a semana (pelo menos), o mesmo sucedendo a Renato Sanches, que viu o quinto amarelo.

Restar saber como vai ser a reacção do Sporting, em termos psicológicos, em especial, na próxima jornada, mormente porque vai jogar fora (Estoril).

Nos leões, relevo para Jefferson, Slimani, Bruno César, João Mário, Bryan Ruiz e Adrien.

No Benfica, destaque para o estreante Ederson na baliza, Samaris (o melhor jogador em campo), Gaitan, Mitroglou (em especial pelo golo), Lindelof, Pizzi, André Almeida e Renato Sanches.

 

Artur Soares Dias (Porto) esteve bem no capítulo técnico (com uma ou outra falha que não influenciou no resultado) mas no disciplinar, por força do ambiente, teve algumas decisões que deixaram bastantes dúvidas quanto à necessidade da mostragem de sete cartões na segunda parte. Se tivesse “apertado” no início, talvez houvesse mais calma. Realce-se o pormenor de, algumas vezes, ter ido até ao quarto de círculo para obrigar os jogadores a colocarem a bola de acordo com a lei. O que é raro e, como se pode verificar, acontece amiúde em todos os jogos, sem que os árbitros ou assistentes façam algo para cumprir a regra..

Os assistentes Rui Licínio e Bruno Rodrigues estiveram certos e discretos.

As equipas alinharam:

Sporting – Rui Patrício; João Pereira (Schelotto, 77’), Coates, Ewerton e Jefferson; Adrien (Gelson, 77’), William e Bruno César (Teo, 59’); João Mário, Slimani e Bryan Ruiz.

Benfica – Ederson; André Almeida, Lindelof, Jardel e Eliseu; Pizzi (Fejsa, 72’), Samaris, Renato Sanches e Gaitán; Jonas (Salvio, 77’) e Mitroglou (Raul, 66’)

Disciplina: vermelho para Adrien (85’, no banco) e amarelo para Samaris (38’), Jonas (47’), Nico Gaitán (52’), Mitroglou (66’), Jefferson (69’), Lindelof (70’) e Renato Sanches (84’).

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