Liga NOS – Sporting, 2 – Boavista, 0
Depois dos primeiros vinte minutos de maior equilíbrio, enquanto o Boavista conseguiu atrapalhar a linha média e avançada dos leões – com pouco espaço de manobra pela cobertura quase homem a homem dos boavisteiros – o Sporting começou a “embalar” e a tomar conta do jogo, pese embora sem rendimento específico (golos).
Com os vários caminhos mais ou menos fechados pela equipa de Sanchez e alguns passes mal feitos por alguns jogadores do Sporting (Gelson em especial), que resultaram em remates “defeituosos”, sem direcção e sem perigo, era difícil fazer golos.
Mas a pressão leonina aumentou a partir da meia hora, quando o Boavista subiu mais um pouco no relvado, tentando criart e perigo mas abrindo algumas “brechas”, o que levou ao primeiro golo da partida, depois de um remate mais a “sério” de João Mário ao lado (35’).
Na marcação de um livre, João Mário fez falta – deu dois toques seguidos na bola, o que não é permitido – mas o árbitro Rui Costa não percebeu e deixou seguir, só não dando criando perigo por mero acaso.
Passaram dois minutos (37’) e o Sporting abriu o activo no seguimento de um canto, com um centro milimétrico para a cabeça do central Ewerton que (dentro da pequena área) meteu a bola de rompante no fundo da baliza, sem que Mika pudesse ter feito alguma coisa para o evitar.
Aumentando a velocidade nesta fase ascensional, a equipa de Jorge Jesus chegou ao 2-0 num ápice.
No seguimento de um livre (44’), numa trajectória mais à esquerda de Mika, Bryan Ruiz rematou forte e a bola foi raspar no último jogador (à direita) da barreira e desviar-se para dentro da baliza do Boavista, ante o pasmo da “traição” a Mika, impotente para tentar algo que o pudesse levar a chegar à bola.
A perder por duas bolas, o Boavista entrou para o segundo tempo com disposição de criar perigo junto da baliza de Rui Patrício, o que conseguiu através de um remate forte desferido por por Anderson Carvalho, que levou a bola ao poste e que Mario Martinez não conseguiu fazer a recarga por oposição de um defesa leonino, tendo Patrício segurado a bola sem dificuldade. Foi um grande susto para os leões.
Entrou-se numa fase em que o Sporting permitiu mais espaço ao Boavista, que este aproveitou para voltar a criar perigo, quando (59’) Anderson de Carvalho, pelo centro-esquerda, foi galgando metros e rematou forte para Patrício, que desviou para o lado contrário, perdendo-se a jogada por aí.
Depois de se saber que estavam 37.083 espectadores no Alvalade XXI, Slimani (67’) isolou-se pela direita, foi até quase à linha de cabeceira para tentar bater Mika, que saiu da baliza para cobrir o ângulo de remate, tendo desviado a bola para canto.
Com o jogo em excelente ritmo – ao mesmo tempo que as faltas de um lado e outro também se equilibravam – Schelotto (70’) ganhou a bola no seru meio campo, embalou por ai fora e rematou forte mas ao lado.
João Mário (75’) criou perigo ao rematar forte para Mika desviar para canto mas, no contra ataque (77’), foi Rui Patrício que evitou o golo ao defender o remate desferido por Anderson Carvalho.
E o 3-0 esteve à vista logo a seguir (80’) quando Slimani rematou à queima-roupa para Mika defender para perto mas com Mané a fazer a recarga sem êxito.
Até final do tempo regulamentar o Sporting continuou a mandar no jogo, com os boavisteiros a replicar da forma possível, como o fez aos 90+1’, com Patrício a safar a bola a soco, no seguimento de um canto, que originou outro canto mas sem resultado.
Triunfo justo do Sporting ante um aguerrido Boavista, numa partida jogada em bom ritmo.
Nos leões, Schelotto e Ewerton (a empurrar para a frente e a marcar golos, como foi o caso do central) foram os melhores, com Bryan Ruiz por muito perto, a que se juntam Rui Patrício, João Mário, Zeegelaar, Adrien e Gelson.
No Boavista, destaque para Mika, Ruben Ribeiro, Anderson Carvalho, Idriss, Gabriel, Afonso Figueiredo e Philipe que, ao ver o 5ºamarelo, estará de fora na próxima jornada.
Rui Costa (Porto) começou por estar bem no aspecto disciplinar, gerindo os cartões, situação que foi alterando as partir da amostragem do primeiro (43’), entrando no segundo tempo a “amarelar” mais cinco, alguns por exagero. Os assistentes João Silva e Tiago Costa estiveram mais certos e discretos.
As equipas alinharam:
Sporting – Rui Patrício; Schelotto, Ruben Semedo, Ewerton e Zeegelaar; Gelson (Aquilani, 60’), João Mário (Matheus Pereira, 84’), Adrien e Bryan Ruiz; Slimani e Teo Martinez (Carlos Mané, 61’).
Boavista – Mika; Tiago Mesquita, Paulo Vinicius, Philippe Sampaio e Afonso Figueiredo; Reuben Gabriel, Rúben Ribeiro (Aymen Tahar, 71’) e Idriss (Cangá, 63’); Mario Martinez (José Manuel, 79’), Iriberri e Anderson Carvalho.
Disciplina: amarelo para Philipe (43’), Idriss (50’), Rúben Semedo (51’), Gelson Martins (53’), Gabriel (72’) e Afonso Figueiredo (79’), este também excluído da próxima jornada.